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NO AR | 50 Anos de Vida
Usina de Gasômetro, Porto Alegre, 2007

No Ar foi uma exposição concebida para homenagear o cinqüentenário da RBS, maior empresa de telecomunicações no Sul do país. A escolha foi homenagear não só a empresa, mas a comunicação e sua história, através de uma exposição imersiva, interativa e de conteúdo relevante.

O desenho expositivo leva em consideração o espaço escolhido, a Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Uma antiga usina geradora de energia a partir do carvão, hoje o Gasômetro se tornou um dos grandes espaços culturais da cidade, e foi reformado para a exposição como presente para a cidade. A história da RBS e de Maurício Sirotsky Sobrinho, que criou a empresa em 1957, se confunde com a história da comunicação no Brasil. Por isso, a opção por falar os fatos marcantes que marcaram a história da comunicação, que sofreu rápida e surpreendente evolução.

Os ambientes que compõem a exposição foram inspirados em cômodos de uma casa, local no qual nos tornamos receptadores de mídia. Assim, a exposição contava com uma Mesa, na qual era possível folhear pelas 15.000 capas do jornal Zero Hora, assim como com Poltronas, nas quais os visitantes se sentavam para escutar transmissões de rádio, relembrando antigos jingles, músicas ou noticiários memoráveis.

No mesmo andar térreo, um grande Sofá acomodava quem queria assistir aos grandes 'furos' jornalísticos, enquanto uma grande Cama oferecia aos visitantes a oportunidade de ver grandes cenas de telenovelas, séries e minisséries. Abrir as portas de uma enorme Geladeira mostrava os anúncios dos produtos, da televisão em preto e branco até a colorida, e as gavetas de um Armário mostravam as mil melhores ou mais marcantes fotos feitas para o jornal.

A exposição incluiu os novos objetos que surgiram nos últimos cinqüenta anos: os carros, os aparelhos eletrodomésticos, os primeiros computadores, os novos equipamentos que, junto com a televisão, invadiram os domicílios brasileiros para se tornarem imprescindíveis.

Outros atrativos do andar térreo: uma grande linha do tempo situava a história da RBS em um contexto internacional, uma ilha interativa que desafiava o rio-grandense a distinguir entre os sotaques de sua população, e mostrava que, mesmo com diferenças, o estado do Rio Grande do Sul mantém características comuns. A Internet também não foi excluída: o visitante tinha a oportunidade de cadastrar-se em tempo real e participar da exposição, registrando online a sua própria história.

No andar superior, em uma tela de proporções inéditas, um filme de Carlos Nader intercalava ficção e realidade em um filme emocionante, no qual a atuação de Daiane dos Santos nas Olimpíadas se misturava com final de novela e momentos inesquecíveis de nossa história. Virando a esquina, centenas de televisões criavam a ilusão de um mundo no qual toda a luz provém de uma tela, e espelhos faziam com que o mundo virtual e o real literalmente se misturassem. A caminho do final da exposição, um muro diferente, translúcido, feito de concreto especial, separava o mundo de ruídos sonoros e visuais da sala do silêncio, na qual o visitante era convidado a viver a experiência do silêncio, tão pouco valorizado em nosso mundo atual. Na sala do silêncio, as percepções se aguçam, e fica mais fácil distinguir com quanta poluição sonora nos acostumamos a viver.

Fotos: Cesar Barreto

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