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ETNOS | Faces da Diversidade
Farol Santander São Paulo e Porto Alegre, 2018-19

Mostra sobre a diversidade cultural por meio de máscaras usadas nos mais diferentes contextos, reunindo tradição e contemporaneidade e apresentando os pontos em comum das mais variadas culturas mundiais.

 

O que difere uma etnia de outra não são os corpos, não são os anseios de felicidade e nem o instinto de vida e de amor.  O que difere uma etnia de outra são as visões de mundo, as culturas e as faces. Em praticamente todos os grupos étnicos existe uma manifestação de identidade facial. Seja através de máscaras, adornos ou pinturas, o rosto carrega o signo de quem somos e de quem projetamos para o outro.  

 

A ideia é fazer uma exposição inspirada nos escritos do mitologista americano Joseph Campbell, de “O Herói de Mil Faces” e “ O poder do Mito”, que apresente a diversidade da representação facial como instrumento de reconhecimento da identidade cultural. Uma extensa coleção de máscaras, que vão desde as máscaras ritualísticas africanas às mascaras de teatro Nô japonês, do Carnaval Veneziano ou Colombiano às pinturas tribais indígenas brasileiras ou aborígenes australianas, das máscaras pré-colombianas dos astecas e maias às medievais europeias, das máscaras hangul coreanas ou Xiangdong chinesas às máscaras das culturas amazônicas ancestrais. 

 

O objetivo é reunir essa enorme coleção de máscaras de diferentes origens alinhadas face a face com o visitante em escala direta. Essa forte imagem linear dos rostos alinhados oferece duas formas de visitação: uma forma contemplativa das máscaras alinhadas por suas histórias, origens e tradições, e uma exploratória e interativa que permitirá que as pessoas coloquem seus rostos por de trás das máscaras e visualizem através dos olhos as etnias e manifestações culturais associadas a cada uma. Esse jogo entre frente e verso da máscara é o eixo de tensão dessa exposição, onde a identidade, a etnia e a cultura se apresentam em várias dimensões. 

 

As máscaras serão selecionadas pelo seu valor simbólico de representar a diversidade e a expressão tanto ancestral quanto contemporânea da teatralidade, dos rituais e da síntese de sua origem cultural. A máscara tem o poder de nivelar a diferença por meio de um denominador comum que facilita o encontro do olhar e do signo. 


Um estudo recente de Sarah Tishkoff, publicado na revista Science, estabelece que não existe diferença genética entre os humanos no que diz respeito a cor da pele. Todos os homens carregam os genes para todas as colorações de pele. As diferenças étnicas, portanto, se substanciam em outras características que não a cor da pele - o que é um convite para olharmos numa outra camada, mais profunda, que nos defina.


O público alvo do museu é a totalidade dos brasileiros que, apesar de sua diversidade geográfica e social, ainda não teve a oportunidade de ter acesso a um entendimento mais amplo sobre as origens, a história e a contínua evolução da língua. O museu utiliza uma serie de tecnologias e soluções de conteúdo diversificadas, que exploram a língua e as suas relações com o presente.


Inclui uma projeção vídeo de 100 metros de comprimento, mostrando 11 vídeos em loop, um jogo eletrônico revelando as etimologias do português e a Árvore da Língua, cujas raízes são feitas por diversas palavras. A Praça da Língua é um planetário onde excertos da literatura brasileira, incluindo os clássicos e até letras de MPB, são falados por atores e celebridades de destaque, enquanto imagens e palavras são projetadas no teto, ou aparecem no chão.

Fotos: Carol Quintanilha

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