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CENTENÁRIO DE TANCREDO NEVES
Palácio das Artes, Belo Horizonte e Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, 2010

A mostra Centenário de Tancredo Neves ocorreu no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, e no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. A mostra retoma a trajetória do político para recontar, em linguagem contemporânea, a história política do país, vivida de perto ao longo de sua carreira, de vereador da Câmara Municipal de São João Del Rei pelo Partido Progressista até presidente da República.

Em suas próprias palavras, “vim para promover as mudanças”. Tancredo de Almeida Neves, nascido em 1910 em São João Del Rei, Minas Gerais, teria sido o primeiro presidente civil depois do golpe de 1964, que mergulhou o país no regime ditatorial dos militares. Tancredo faleceu antes de tomar posse, no dia 21 de abril de 1985, pouco menos de dois séculos depois da morte de Tiradentes, outro célebre sãojoanense. O acontecimento comoveu toda a população brasileira, que dois anos antes tinha brigado na campanha das “Diretas Já”, isto é, em defesa do voto direto para Presidente da República. A batalha tinha sido ganha: Tancredo Neves, embora eleito indiretamente, era o presidente da transição para a nova república. 

Tanto no Rio de Janeiro como em Belo Horizonte, os espaços da exposição desenham a história e a personalidade de Tancredo Neves. Logo de início, os visitantes têm contato com os vínculos primordiais do então futuro presidente com sua terra: uma espiral de metal com antigas fotos de família, documentos, notícias e memórias revelam o contexto em que ele se formou. Há também espaços como “O Caminho”, que resume sua trajetória política, contemplando os principais cargos que ocupou e uma cronologia que situa os passos de Tancredo ao longo da história do país, e o espaço “Habilidade Política”, que explora a característica de dialogador de Tancredo e sua capacidade de construir consenso, e o “Post Scriptum”, que reúnem-se a carta do Papa, as manchetes dos jornais com a notícia da morte de Tancredo e depoimentos como de Ferreira Gullar e outros intelectuais após a tragédia.

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